Thursday, August 31, 2006

 

Eleições Suecas 2006



Quando se tinha os Verdes como protótipo de vanguarda partidária ao incluir na agenda política questões referentes à quarta geração de Direitos Fundamentais -Direitos Difusos e Coletivos-, com seus programas norteados pelo desenvolvimento sustentável e o pacifismo, surge na Suécia uma legenda propositora de uma plataforma revolucionária (e com pretensão de expansão global) : É o recém fundado Partido Pirata, que concorrerá nas Eleições Gerais do país escandinavo, no próximo dia 17.
De forma coerente à sua sugestiva denominação, as principais demandas dos Piratas dizem respeito à ampla reforma da legislação que tutela os direitos autorais e a propriedade intelectual, além do reforço na proteção das liberdades individuais, com ênfase no direito à privacidade.

Para conhecer os princípios do partido clique aqui.

Wednesday, August 30, 2006

 

Cabeça de Porco


Conforme seu nome denuncia, Ali Kamel descende de árabes. Mas sua identidade é outra. O editor-executivo da Central Globo de Jornalismo personifica à perfeição o espírito elitista associado às Organizações em que atua profissionalmente.
Quinzenalmente, Kamel faz as vezes de colunista na pagina de Opinião do Jornal da maior corporação midiática do país, quando a cruzada reacionária levada a cabo por ele contra propostas políticas de ação afirmativa visando a inclusão do negro nas universidades brasileiras é exposta aos leitores, incautos, em sua maioria. Seus argumentos, destilados com contundência e corroborados por manipuláveis dados estatísticos – moldando um embuste de acento pseudocientífico - encontram calorosa acolhida nas classes dominantes e iletradas deste país.
Em perfil traçado pelo site “Canal da Imprensa” sua figura é apresentada da seguinte maneira: “Kamel é tachado por seus colegas somente como chefe durão e não como um amigo, pois não demonstra amizade pelos seus colegas de trabalho, somente profissionalismo.” Um paxá corporativo, grosso modo.
Não satisfeito com seu espaço no periódico, Kamel lançou, com o devido estardalhaço midiático, um livro intitulado “Não somos racistas”, contra o qual reproduzo o excelente artigo assinado por Boaventura de Sousa Santos, este sim um senhor cientista social, que desnuda, indiretamente, a hipocrisia gananciosa do patrimonialismo brasileiro escamoteada no discurso de Kamel.

"As dores do pós-colonialismo

O BRASIL parece finalmente estar passando do período da pós-Independência para o período pós-colonial. A entrada neste último período dá-se pela constatação de que o colonialismo, longe de ter terminado com a Independência, continuou sob outras formas, mas sempre em coerência com o seu princípio matricial: o racismo como uma forma de hierarquia social não intencional, porque assente na desigualdade natural das raças. Essa constatação pública é o primeiro passo para iniciar a virada descolonial, mas esta só ocorrerá se o racismo for confrontado por uma vontade política "desracializante" firme e sustentável. A construção dessa vontade política é um processo complexo, mas tem a seu favor convenções internacionais e, sobretudo, a força política dos movimentos sociais protagonizados pelas vítimas inconformadas da discriminação racial. Para ser irreversível, a virada descolonial tem de ocorrer no Estado e na sociedade, no espaço público e no privado, no trabalho e no lazer, na educação e na saúde. A modernidade ocidental foi simultaneamente um processo europeu -dotado de mecanismos poderosos, como liberdade, igualdade, secularização, inovação científica, direito internacional e progresso- e um processo extra-europeu -dotado de mecanismos não menos poderosos, como colonialismo, racismo, genocídio, escravatura, destruição cultural, impunidade, não-ética da guerra. Um não existiria sem o outro. Por terem sido concedidas aos descendentes dos colonos europeus, e não aos povos originários ou aos povos para cá trazidos pela escravatura (exceção ao Haiti), as independências latino-americanas legitimaram o novo poder por via dos mecanismos do processo europeu para poder continuar a exercê-lo por meio dos mecanismos do processo extra-europeu. Assim se naturalizou um sistema de poder, até hoje em vigor, que, sem contradição aparente, afirma a liberdade e a igualdade e pratica a opressão e a desigualdade. Assentes nesse sistema de poder, os ideais republicanos de democracia e igualdade constituem hipocrisia sistêmica. Só quem pertence à raça dominante tem o direito (e a arrogância) de dizer que a raça não existe ou que a identidade étnica é uma invenção. O máximo de consciência possível dessa democracia hipócrita é diluir a discriminação racial na discriminação social. Admite que os negros e os indígenas são discriminados porque são pobres para não ter de admitir que eles são pobres porque são negros e indígenas. Uma democracia de muito baixa intensidade. A sua crise final começa no momento em que as vítimas da discriminação se organizam para lutar contra a ideologia que os declara ausentes e as práticas que os oprimem enquanto presenças desvalorizadas. Os agentes dessas lutas distinguem-se dos seus antecessores por duas razões. Em primeiro lugar, empenham-se na luta simultânea pela igualdade e pelo reconhecimento da diferença. Reivindicam o direito de ser iguais quando a diferença os inferioriza e o direito de ser diferentes quando a igualdade os descaracteriza. Em segundo lugar, apostam em soluções institucionais dentro e fora do Estado para que o reconhecimento dos dois princípios seja efetivo. Daí a luta pelos projetos de Lei de Cotas e do Estatuto da Igualdade Racial. O alto valor democrático desses projetos reside na idéia de que o reconhecimento da existência do racismo só é legítimo quando visa a sua eliminação. É o único antídoto eficaz contra os que têm o poder de desconhecer ou de negar o racismo para continuar a praticá-lo impunemente. Esses projetos de lei, se aplicados, darão ao Brasil uma nova autoridade moral e um novo protagonismo político no plano internacional. No plano interno, será possível a construção de uma coesão social sem a enorme sombra do silêncio dos excluídos. Para que isso ocorra, os movimentos sociais não podem confiar demasiadamente na vontade dos governantes, dado que eles são produtos do sistema de poder que naturalizou a discriminação racial. Para que eles sintam a vontade de se descolonizar, é necessário pressioná-los e mostrar-lhes que o seu futuro colonial tem os dias contados. Essa pressão não pode ser obra exclusiva do movimento negro e do movimento indígena. É necessário que o MST, os movimentos de direitos humanos, sindicais, feministas e ecológicos se juntem à luta, no entendimento de que, no momento presente, a luta pelas cotas e pela igualdade racial condensa, de modo privilegiado, as contradições de que nascem todas as outras lutas em que estão envolvidos. "

BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS , 65, sociólogo português, é professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (Portugal). Escreveu, entre outros livros, "A Gramática do Tempo: para uma Nova Cultura Política (Cortez, 2006).

Sunday, August 27, 2006

 

Um surfista Havaiano é escoltado por dois agentes do FBI em um vôo partindo de Honolulu para Los Angeles, onde testemunhará no julgamento de um caso de cruel assassinato cometido por um figurão gangster. Contudo, o êxito da rotineira missão dos policiais é posto em risco quando os asseclas do contraventor cumprem a determinação de esconder na aeronave um Instituto Butantan, com serpentes das espécies que lançam os mais letais venenos, na desesperada tentativa de assegurar o silêncio da testemunha chave. Eis a escalafobética premissa de “Snakes on a Plane”, película estrelada por Samuel L. Jackson que estreou semana passada nos States acompanhada de intenso hype, festejada com pompa de cult.
Sei não, será que a batalha do bad motherfuckin Jackson contra sanguinários répteis em transito aéreo conseguirá suplantar o neoclássico “Soul Plane – Uma Festa no Ar”, abrillhantada pela magnanimidade interpretativa de Snoop Dogg dublado no SBT??

Saturday, August 26, 2006

 

Cocadaboa - Orgulho de ser polêmico


Detesto a demagogice cômica contida no humor banal do Kibe Loco. Humor de baixos teores sarcásticos, com suas piadas de fácil digestão, que já vêm mastigadas e incitam a risada frouxa. Sua graça é óbvia, apelativa, padronizada e automática, produzida em tempo real para consumo imediato, antes que caduque a validade.

É a comicidade da massa idiotizada, com sua gargalhada de claque, na hora marcada; quando o chefe ainda não voltou do almoço e você se permite relaxar com as piadinhas fast food do site, que ao longo da semana serão contadas (como se fossem) em primeira mão para todos os coleguinhas refestelarem-se com suas sacações espirituosas. Uma mise-en-scène forçada de descontração no opressivo ambiente de trabalho que é motivada por esta miserável fonte de humor tacanho na Era Digital. Um humor “do bem”, inofensivo, para toda a família, pois só mira em unanimidades. Nada transgressor. Uma merda.

Thursday, August 24, 2006

 

Hein?


"Varejadão disse...
e o basket nacional hein? "

Caro "Varejadão",
A equipe mal comandada por Lula Ferreira está longe de ser a melhor possível a ser formada no país. É, na verdade, apenas o combinado tupiniquim mais conveniente para o bem do jogo (não do Basquete, refiro-me ao jogo de cartas marcadas ditado pela CBB, a pobre banca que comanda a modalidade no Brasil). Ainda assim, todas as convocáveis “estrelas” brasileiras são apenas reservas, coadjuvantes em clubes e franquias de grande ou médio porte em escala internacional. Ou seja, no cenário mundial atual o Brasil é um azarão com tradição, papel que o Uruguai desempenha no futebol (pois, como este, tivemos um passado glorioso que inclui dois títulos mundiais).

Não obstante o desprezo de Nenê, que preteriu a ida ao campeonato mundial para dedicar-se à reta final de recuperação de contusão no joelho, faltou ousadia já na convocação -que resultou insossa- do grupo de atletas para a disputa da competição que acontece no Japão, uma vez que o habilidoso Marquinhos (atleta recém draftado pelo New Orleans/Oklahoma Hornets) deveria ter sido lembrado para suprir deficiências na posição mais carente do time, a de ala, e, assim, de uma vez por todas, marcar o sepultamento dessa Era Marcelinho Machado na Seleção (época de derrotas amargas e inexpressivos Pan-americanos). Para não ficar sozinho, MM deveria levar consigo o péssimo Guilherme Giovannoni na barca do esquecimento eterno desta geração sem brilho. Esses dois jogadores são o que de pior ronda a Seleção nos últimos anos, pois refletem a mentalidade vigente no basquete nacional.

Estão os referidos atletas na seleção por questões que transcendem à quadra. Garantiram suas titularidades cativas por imposição de forças ancestrais, por posicionamentos oportunos, por terem um ótimo filme feito com o status quo patrimonialista ditador das regras medievais do basquete brasileiro (contra o qual Nenê ensaiou uma rebelião). Um establishment composto por genuínos representantes da cordialidade nacional teorizada por Sergio Buarque de Holanda, que privilegia as relações pessoais, a troca de favores, o interesse privado que suplanta o público e coletivo. Em suma, a CBB é um feudo impenetrável. É nesse sistema de panela que funciona o atraso de nosso basquete.

É de se lamentar também que as raríssimas vozes dissonantes contrárias a esse ordenamento espúrio não têm vez nos veículos da mídia televisiva ( canais fechados somente) que "prestam o favor" de ainda transmitir os fiascos nacionais. As figuras representativas do esporte que estão comentando os jogos do mundial são os mesmos de sempre; figuras que despontaram, acenderam e estabeleceram suas vidas a partir desta estrutura corroída do basquete. Portanto, fazem uma análise viciada: superficial, parcial e desinteressada.

Os comentários de Byra Belo, Miguel Ângelo da Luz e de Alberto Bial ressoam todo o anacronismo imperativo em nosso basquete : É a proteção paternalista ao atleta filho do amigo, a lamentação em forma de platitudes sobre o triste fado da equipe, fruto de mero acaso, pura falta de sorte, como que sem qualquer nexo com a situação que eles não apenas ajudaram a reproduzir mas como também dela sobreviveram. Chama a atenção o beneplácito com que tratam as principais deficiências da equipe: a titularidade do Marcelinho Machado, as falhas na preparação, (falta de) críticas à teimosia do técnico que erra ao substituir, ao escalar e ao definir opções de ataque e defesa em momentos cruciais dos jogos. Soa sempre como uma conversa entre compadres já cansados demais para se revoltarem contra o estado lastimável das coisas.


Sobraram as migalhas da mídia para o basquete que decidiu pela manutenção de sua estrutura amadora arcaica. Não há interesse direto algum do Sportv, por exemplo, em mudar a composição do basquete nacional. A emissora já tem sua grade de programação definida, em que o futebol é a leitmotiv - esta sim uma modalidade que as Organizações Globo poderiam engendrar um movimento de reerguimento para recuperar o interesse do público, coisa que chegou a fazer quando comprou o direito de transmissão do campeonato carioca de futebol em 1999.

Assim, o basquete segue tropego em condução (2 dribles e andadas) ao esquecimento, ao abandono e à redução de espaço, já apertado, no horário pré-determinado pela televisão.

Saturday, August 19, 2006

 

Desligue a MTV


A MTV, com seu capital mezzo Grupo Abril (que, por sua vez, já abdicou de 30% de seu patrimônio para um grupo midiático sul-africano), mezzo matriz dos EUA, está sendo acusada pelo filhote de César Maia de estimular o voto nulo, o que, aos olhos do parlamentar, é uma atitude escandalosamente inconstitucional. Ora, ser hipócrita, demagoga, oportunista e torpe não é necessariamente inconstitucional, como todo político de boa lavra já deve estar diplomado pela Justiça Eleitoral Brasil afora de saber.
E em função de predicados tão caros ao exercício dos cargos legislativos e executivos neste início de novo milênio, reputo a postura da emissora paulista-sul africana-norte-americana, além do já descrito, sórdida (pois farsesca) e pueril, numa vil tentativa de cativar o telespectador alienado, absorto em seu frívolo microcosmo classe média urbana (pós) adolescente.
É presumivelmente elementar que a real predileção do Canal made in USA e capitalizado pelos Civita, donos da Veja, seja pelo voto na opção mais identificada com o modelo econômico neoliberal (e que forçou o arrendamento parcial do grupo Abril, até então uma empresa familiar, por uma multinacional de segundo escalão, diga-se). Mas os executivos da MTV brasileira convencionarem promover a tendência da indignação eleitoral, sua versão hypada do Basta! ao qual pertencem papi e mami.

Fato é que o sistema democrático de representação política tornou-se um nauseante engodo requentado a cada quatro anos, que despertou nos paladares mais apurados uma legitima insatisfação de questionamento ao impositivo cardápio único, que adota a alta taxa de juros, o aumento do superávit primário, controle da inflação e raquítico crescimento econômico como receita única para o Brasil. Tudo isso, é claro, temperado com uma generosa porção de escândalos de corrupção em todas as esferas da República. E de lambuja, tome Medidas Provisórias desvirtuantes dos papéis legislativo e executivo da União, circos montados na forma de CPI e baixezas políticas motivadas pela incessante luta em busca do quinhão de poder reservado a cada um.

Sunday, August 13, 2006

 

A Piada do Joãozinho





Você certamente conhece Lil Jon. Talvez não esteja ligando o nome à pessoa, ou melhor, a seus gritos característicos. Sim eles estão sempre lá, na programação diária da rádio pop jovem, nas trilhas sonoras de enlatados execrados pela crítica, nos videoclipes da TVZ, nas academias de ginástica da cidade, no carro parado do seu lado no sinal com o som no volume máximo, em nights bombantes mundo afora, é impossível passar incólume nos dias atuais sem ter de escutar as sábias únicas três palavrinhas proferidas por Lil Jon reproduzidas magistralmente pelo comediante Dave Chappelle nesta esquete que simula o momento em que o rapper vai ao aeroporto (tirada do ótimo Chappelle´s Show, que tem suas duas temporadas completas disponíveis no e-mule).

Thursday, August 10, 2006

 

De Deus



“Jony, simplesmente veio à minha mente uma simples (sic) imagem. Quando nós dois em um sábado à noite, logo antes do domingo em que eu partiria de volta pra Florianópolis, fomos até o Humaíta para sair com a sua namorada e aquelas duas amigas dela.
Quando as amigas chegaram sem querer sentar com a gente, já falando que iam direto para a boate, e eu tentei ser engraçado dizendo, “Vão lá, não tem problema, somos homens modernos, encontramos com vocês lá depois”, e aquela baixinha falou: “Por que não pós-modernos?”, vc certamente se lembrará desse momento em específico, porque foi quando comentei contigo depois que quase mandei na lata para ela, “Como assim pós-modernos?? Tu querias que eu desse o cu?” (esse é o momento de rir).
Pois bem, nesse momento em que eu falei, somos homens modernos, eu vi a loira, a outra amiga da sua namorada, a que ficou com cara de cu o tempo todo, olhar pra baixinha. Em outras palavras, eu notei a loira olhar para a baixinha, logo após eu tentar quebrar o gelo, pensando assim: "Olha só que bonitinho, ele quer comer nós duas e fica tirando onda de homem moderno". Só hoje percebo que se eu não tivesse dado uma de cagão, e tivesse continuado na boate mesmo com aqueles caras armados lá dentro, eu teria comido as duas ao mesmo tempo.
Foi mal o e-mail comprido. É óótemo isso.
Foi só pra desabafar. Sou a favor do plágio, qualquer coisa que eu falar pode e deve ser reproduzido para a salvação da humanidade.

russinho,
é nóis, quando?? aqui eêêêê agora...”

- Muito interessante essa sua sacação Russo. Creio que este insight deve ter surgido após o estímulo induzido pelo consumo de alguma substância tragada por sua boca e que produz efeitos em teu cérebro que permitem novas percepções acerca de fatos banais do cotidiano.

“Se eu te contar a estória de como eu tive a sacação de que comeria as duas ao mesmo tempo, tu não vai acreditar...
Vendo pela hora que te mandei a mensagem, percebe-se que estava chegando em casa da madruga.
Pois bem, o que aconteceu, acredite se quizer (sic), é que eu tava vindo de um puteiro onde tinha acabado de gastar uma nota preta, uma baba, na conta do meu pai, donde que eu comi duas putas ao mesmo tempo.
Sim Jony, duas putas gostosas, loirinhas de Floripa, eu levei pro quarto, chupei e fudi as duas. IRADO!!!
Dirigindo completamente bêbado, na volta pra casa, eu vim pensando na baixinha e na amiga loira dela que tem sempre cara de cú, mas que dá tesão essas caras de não tô nem aí que ela faz.
Detalhe, depois de comer as duas putas no quarto, donde eu me achei um mafioso cafetão, no momento em que deitei com as duas, uma de cada lado, as afagando num abraço paternal (eu também botei o peitinho delas colado um no outro e chupei os dois ao mesmo tempo), quando acabou a hora fiquei com uma das putas na pista de dança, tocando uns rapsss e a gente fodendo de roupa na pista, eu com meu whisky e ela com o dela mais energético.
Foi uma obra prima tudo isso. Na moral, o Denis e a humildade que me desculpem, mas eu sou o chamado FODA quando o assunto é fantasias de videoclips de rapsss.
Vc deve estar se perguntando quanto saiu a baba dessa farra toda. Algo em torno de 500, o que, se vc parar pra pensar, não é muito. Mas, como na última vez que fui nesse estabelecimento já tinha gastado 300, tá tudo na conta de vc sabe quem. No fim da fatura do mês virá a cobrança de 1500, a serem descontados com tudo o que eu gasto pra sustentar essa miséria na qual eu vivo aqui, logo vou passar o resto do mês, sem sair. Mas valeu a pena. Valeu a pena ôôô, sou pescador de ilusoooõesss.
Esse e-mail aqui também ta bom, hein?
A propósito, pode colocar o texto na integra ou com cortes no seu blog. É contigo.
Sou a favor do plágio, tudo o que saí da minha cabeça é formulado apenas por Deus, ou Deusa, sou guiado. Apena um instrumento divino para colocar ordem nas coisas. Quando eu falo, é o criador na pungância (sic) da sua obra querendo esclarecer coisas para os que não sabem de nada.”

Tuesday, August 08, 2006

 

Caixinha de Supresas


Passada a Copa do Mundo de Futebol, aproxima-se uma nova competição de seleções das mais formidáveis no calendário esportivo internacional. É o Mundial de Basquete Masculino, que, este ano será disputado no Japão, o que implica no desagradável empecilho do fuso horário, detalhe facilmente contornável pra quem aos 13 anos de idade tinha plena convicção de seu futuro defendendo uma franquia de nome débil em quadras estado-unidenses.
Desnecessário relatar que o fator genético não tardou em sobrepujar a fantasia adolescente alimentada por infindáveis sessões de VHS com as melhores jogadas das estrelas da NBA - liga profissional de basquete yankee que explorou o potencial mercadológico do produto esporte ao paroxismo, ou o suficiente para embasbacar integralmente um moleque indefeso, anêmico em sua capacidade crítica, anticorpo essencial contra a enxurrada propagandista das grandes coorporações que são o câncer do Mundo .
De qualquer modo, o consumo massivo daquele material publicitário/jornalístico esportivo deixou seqüelas que perdurarão à eternidade em meu ser. Acompanho anualmente a temporada da NBA, mantenho-me informado sobre as novidades no noticiário do basquete americano através da Internet ou , esporadicamente, com a compra de uma salgada publicação gringa em bancas especializadas. Tal qual um colecionador de gibis importados, ou um membro de alguma confraria Jedi. OK, um pouco menos nerd e em versão Wigga (ou seja, a de um garoto branco tentando ser um Nigga, o que é muito mais escaldante do que ser um Jedi wannabe. Assunto para uma outra oportunidade).
Toda essa pasmaceira confessional serviu de introdução para revelar que subsiste em mim o encantamento com a maneira afro-americana de praticar o Bola ao Cesto, brotado desde que meus olhos fixaram-se na tela da televisão durante a disputa do torneio de Basquete das Olimpíadas de Barcelona 1992, quando era revelado ao planeta o jogo lúdico do Dream Team. De modo que, sempre que o selecionado norte-americano disputa uma partida, espero fruir daquela experiência sensorial, estética, despertada há 14 anos. É como a expectativa pela exibição do futebol arte da Seleção Brasileira de Futebol, a espera pela reedição dos espetáculos protagonizados pelos escretes de 70 e 82 (que ou não tive a oportunidade de vivenciar, ou era muito novo para isso). Mitos.
Mas hoje em um amistoso preparatório para o referido Mundial de Basquete, a equipe do Brasil esteve mais próxima do que nunca de realizar o marco histórico de bater a equipe profissional de basquete norte-americana pela primeira vez na História. O feito, transmitido pela Sportv, teve um valor significativo ao desmitificar não apenas a imagem da equipe formada por milionários mimados que são os EUA (e que, já não é de hoje, vem penando em competições internacionais), mas também para enterrar monster jam style o clichê defendido pelos entusiastas da monocultura bitolante do futebol que entendem ser característica exclusiva deste esporte, e fator que o torna mais deslumbrante que todas as demais modalidades, a possibilidade de numa partida uma equipe jogar pior do que a outra e mesmo assim vencê-la. Pois a Seleção Brasileira de Basquete teve hoje um desempenho melhor que os EUA e, ainda assim, acabou derrotada. Quem viu, viu.

Monday, August 07, 2006

 

Oswaldo demitido do Flu por pressão do patrocinador. Josué Teixeira assume cargo como efetivo.


Laranjeira´s Hit Parade: Da Lama ao Caos (Chico Science & Nação Zumbi) , magistralmente interpretada pela voz de veludo do crooner Ney Franco, na companhia de sua orquestra, a Charanga Rubro-Negra.

“Oh Josué eu nunca vi tamanha desgraça / Quanto mais miséria tem, mais URUBU ameaça”.

Quáquáquáquáquáquáis..........

Thursday, August 03, 2006

 

Um Homem, Uma Mulher e Uma Virose



A entressafra de postagens deu-se em função da virada de tempo do último sábado que engendrou uma vigorosa constipação no organismo deste que põe-se a digitar, fato que o derrubou na cama debaixo de três camadas de coberta, acompanhado de litros d´àgua, analgésicos, anti alérgicos e do inefável afeto de sua amada. Bendito resfriado que o fez beijar a lona e os doces lábios de seu amor ao som de delicadas melodias Yé Yé sussurradas há quatro décadas por beldades francesas, transformando a atmosfera do quarto em alcova altamente onírica. Receita infalível para manter as chamas (da febre, do amor) acesas.

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