Tuesday, August 08, 2006

 

Caixinha de Supresas


Passada a Copa do Mundo de Futebol, aproxima-se uma nova competição de seleções das mais formidáveis no calendário esportivo internacional. É o Mundial de Basquete Masculino, que, este ano será disputado no Japão, o que implica no desagradável empecilho do fuso horário, detalhe facilmente contornável pra quem aos 13 anos de idade tinha plena convicção de seu futuro defendendo uma franquia de nome débil em quadras estado-unidenses.
Desnecessário relatar que o fator genético não tardou em sobrepujar a fantasia adolescente alimentada por infindáveis sessões de VHS com as melhores jogadas das estrelas da NBA - liga profissional de basquete yankee que explorou o potencial mercadológico do produto esporte ao paroxismo, ou o suficiente para embasbacar integralmente um moleque indefeso, anêmico em sua capacidade crítica, anticorpo essencial contra a enxurrada propagandista das grandes coorporações que são o câncer do Mundo .
De qualquer modo, o consumo massivo daquele material publicitário/jornalístico esportivo deixou seqüelas que perdurarão à eternidade em meu ser. Acompanho anualmente a temporada da NBA, mantenho-me informado sobre as novidades no noticiário do basquete americano através da Internet ou , esporadicamente, com a compra de uma salgada publicação gringa em bancas especializadas. Tal qual um colecionador de gibis importados, ou um membro de alguma confraria Jedi. OK, um pouco menos nerd e em versão Wigga (ou seja, a de um garoto branco tentando ser um Nigga, o que é muito mais escaldante do que ser um Jedi wannabe. Assunto para uma outra oportunidade).
Toda essa pasmaceira confessional serviu de introdução para revelar que subsiste em mim o encantamento com a maneira afro-americana de praticar o Bola ao Cesto, brotado desde que meus olhos fixaram-se na tela da televisão durante a disputa do torneio de Basquete das Olimpíadas de Barcelona 1992, quando era revelado ao planeta o jogo lúdico do Dream Team. De modo que, sempre que o selecionado norte-americano disputa uma partida, espero fruir daquela experiência sensorial, estética, despertada há 14 anos. É como a expectativa pela exibição do futebol arte da Seleção Brasileira de Futebol, a espera pela reedição dos espetáculos protagonizados pelos escretes de 70 e 82 (que ou não tive a oportunidade de vivenciar, ou era muito novo para isso). Mitos.
Mas hoje em um amistoso preparatório para o referido Mundial de Basquete, a equipe do Brasil esteve mais próxima do que nunca de realizar o marco histórico de bater a equipe profissional de basquete norte-americana pela primeira vez na História. O feito, transmitido pela Sportv, teve um valor significativo ao desmitificar não apenas a imagem da equipe formada por milionários mimados que são os EUA (e que, já não é de hoje, vem penando em competições internacionais), mas também para enterrar monster jam style o clichê defendido pelos entusiastas da monocultura bitolante do futebol que entendem ser característica exclusiva deste esporte, e fator que o torna mais deslumbrante que todas as demais modalidades, a possibilidade de numa partida uma equipe jogar pior do que a outra e mesmo assim vencê-la. Pois a Seleção Brasileira de Basquete teve hoje um desempenho melhor que os EUA e, ainda assim, acabou derrotada. Quem viu, viu.

Comments:
não entendi bulhufas desses texto aí, esse vocabulário de viado que um dia foi cdf no ginásio não cola comigo não.

sou russinho
 
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