Saturday, September 30, 2006
Chic fo´shizzle
A suprema distinção de Paulinho da Viola. Cartola e sua garbosidade naif. Os bambas Bira do Fundo de Quintal, Delegado da Mangueira e Nelson Sargento ibidem. Paradigmas da incontestável finesse do old school samba, papo de Velha Gorda.
Me rendo a estes ditames intangíveis. Só pra contrariar.
Porém ( ai, porém...) não sem antes divagar no miudinho, divagar no sapatinho (pois malandro que sou não vou vacilar) sobre a incomensurável elegância de Mr. Snoop Doggy Dogg. A alquimia proveniente da junção do lirismo cafajeste, misógino e, por vezes, boçal, com o porte esguio, longilíneo, de uma magreza categoricamente seca, gera a folclórica figura do MC de Long Beach L.A, o Príncipe Etíope de 2-doble O-6, um Didi remixado versão gangsta por Dr. Dre. Tive essa percepção após ver este clipe, indicado por um leitor cujo nome me falha a memória.
Saturday, September 23, 2006
Matinê
Tasquei com ímpeto Lesk cinco cd´s em meu paleolítico CD – Carrousel da Sony (o último e definitivo presente de aniversário que pude receber de meu avô materno, em 92. Nenhum outro jamais barrará esta dádiva digital por toda a minha existência. MP3 player al carajo). Selecionei o Shuffle, a função mais extraordinária já inventada por um ser humano, e o bichinho soltou a seguinte combinação mágica que redefiniu o ânimo do sábado:
OPERATION EAGLE EYE- ASIAN DUB FOUNDATION (Rafi´s Revenge é de uma fodeza suprema. Obra-Prima!!)
SEXY BOY – AIR ( sublime… celestial…etéreo… psicodélico e supéér.)
WHITE HORSE- PARLIAMENT FUNKADELIC (If you wanna be rich you got to be a bitch, PARLIAMENT é a banda perfeita para lisos deixarem a guitarra virtual de lado e se perderem tocando air bass)
YOUNGBLOODZ – MY MIND ON MY MONEY (deerrrrrrrrty south com um tipo de Crunck mais seco e pesado nas bases. YEAHHHHH!!! WHATTT?????)
O RAPPA- A TODAS AS COMUNIDADES DO ENGENHO NOVO ( Lado B Lado A é o CD mais denso do Rappa. Sem o Yuka as letras da banda ficaram com uma profundidade de fazer uma formiguinha atravessar com água pelas canelas, como diria aquele falecido reaça)
CHEMICAL BROTHERS- SETTING SUN (Big Beat pancadasso. Petardo devastador, bombástico, demolidor de portas e paredes, produtor de sudorese nas calcinhas)
Friday, September 22, 2006
Talibanismo Hype
Neste início de primavera não é o desabrochar das flores nos jardins, da safra 06 de biatches sucedendo lolitas em fase crepuscular, das xavascas suculentas advindas de xaninhas impúberes e demais singelezas pitorescas que excitam as atenções.
Desafortunadamente, o Império do Wannabismo Carioca sempre rouba a cena na mais bela das estações. Formado por um rebanho que se multiplica a cada temporada, o Wannabismo (não confundir com Wahabismo islâmico) é uma teocracia politeista, que venera incontáveis entidades de todos os planos artísticos, recicláveis e substituíveis em velocidade superior à da luz.
Abra os jornais, conecte-se à Internet, ligue a TV ou o rádio e tente escapar incólume à enxurrada hype extremista propagadora do Festival do Rio 2006 de Cinema, prontamente sucedida pelo frisson gerado com o Tim Festival e partilhe comigo todo o desprezo pela azáfama característica desta era mercantilizadora de pseudoconhecimento descartável.
Wednesday, September 20, 2006
Roteiro do Ano
" Sangria para refrescarse...“Abrázame tonto”!
Aumenta la pasión...Gusto, Olfato, Tacto: El Império de los Sentidos.
Llega la hora del tentempié. Un helado contra el calor, ¿O no?
Erotismo a plena luz.La pareja busca intimidad. El deseo les posee, no controlan sus instintos.¿Calmará el algua su calor?
Continuará... "
Una tarde de amor.
Tuesday, September 05, 2006
Noites Cariocas
À cata de diversão nesta quarta pré-feriadão, fucei a seção Na Cidade do blog do Rio Fanzine , onde são listadas as seguintes atrações noctívagas:
QUARTA, 6* O craque Darren Emerson, ex-Underworld, toca no controvertido Pátio Lounge. Junto com ele, os DJs Roger Lyra, Rafael Abi Ramia e Kyra Dombrowski * O DJ alemão Heikki Eiden é o convidado de Nepal na pista dois da festa Digital Dubs, que enfumaça a pista um da Casa da Matriz* Na Fosfobox, tem Fosfochiq, com Léo Janeiro, Gustavo Tatá e Rafael Calvente.* Eu Amo Baile Funk. É o nome da festa que rola no Circo, com Catra, Tati Quebra Barraco e Dido, entre outros
A ponderar:
* Darren Emerson no Pátio Lounge é uma incógnita em função da freqüência safra 86 pra cima que criou a mencionada controvertida reputação do estabelecimento. É boate pra micareteiros, teens falsificadores de Identidade e demais energúmenos. Às vezes, um segurança da casa perde a cabeça e acaba cometendo excessos por lá. Papo de suspeita de homicídio. Mas pode ser que o DJ cultuado por conaisseurs da Eletonika atraia espécimes mais evoluídos.
* Segundo meu bagre Denis, a melhor opção do cardápio para esta quarta está na Casa da Matriz. Transcrevo suas razões: “O som em cima é um breakbeat neurótico, bom, porém, às vezes, cansativo sem a consumação de psicotrópicos como ecstasy. Embaixo, o som é uma batida tosca com um cara ao fundo gritando no banheiro. Mas as mulheres perdem a calcinha dançando. Muitos sujinhos freqüentam o local. A quantidade de homens é muito maior, mas sempre rolam umas pepitas.”
Da minha assimilação sem sensimillia (que?), entendo que o conceito por trás do Digital Dubs é o de recriar para a audiência Zona Sul, ou seja, de forma estilizada, a atmosfera tosco-roots dos Sound Systems jamaicanos, daí a graça rústica da fórmula loops poluídos e minimalistas encontram cordas vocais imersas em vasos sanitários, produzindo um efeito ininteligível Trenchtown style, pra juventude dourada com a cabeça feita de green. Mas breakbets caribenhos sob a influência psicotropical (conexão Jahmaica, Medelin & Rio) redefinem o significado do vocábulo Diversão.
* Fosfochiq dispensa um exame mais minucioso. É na Fosfobox, pico já GLS em dias normais. Numa noite de confraternização glam addict, festa sodomita por excelência, a boite provavelmente se transforma em filial da Le Boy. Para maiores esclarecimentos, leia o blog passivo ortodoxo do Ronald Villardo, do Globo.
* Catra, Quebra Barraco e Dido no Circo Voador?? Tô farto da overdose de neo pornô funk carioca. Sou mais o death/trash metal do Slayer na Fundição Progresso, que ocorrerá na mesma data; o que aliás me faz lembrar um episódio deveras cômico acerca do entrecruzamento das tribos urbanas cariocas na contemporaneidade. Corriam os últimos anos da década de 80, ou o início dos 90 e a banda de Speed Metal germânica Kreator vinha ao Rio saciar o fanatismo de meia dúzia de adolescentes losers metaleiros. Em função da escassez de espaço para expoentes do Speed Metal na província da Guanabara, os deuses do metal encontraram abrigo somente na quadra da comunidade do Complexo do Alemão (divina ironia, não?). Ocorre que a negociação envolvendo o local do show foi bastante confusa, feita de forma amadora, com divulgação escassa. Chegada a data do evento eis que a patética meia dúzia de headbeangers vê-se acuada frente a insana horda de funkeiros irados pela não realização do baile naquele dia. Será que o épico duelo terá revanche nesta quarta na Lapa??
QUARTA, 6* O craque Darren Emerson, ex-Underworld, toca no controvertido Pátio Lounge. Junto com ele, os DJs Roger Lyra, Rafael Abi Ramia e Kyra Dombrowski * O DJ alemão Heikki Eiden é o convidado de Nepal na pista dois da festa Digital Dubs, que enfumaça a pista um da Casa da Matriz* Na Fosfobox, tem Fosfochiq, com Léo Janeiro, Gustavo Tatá e Rafael Calvente.* Eu Amo Baile Funk. É o nome da festa que rola no Circo, com Catra, Tati Quebra Barraco e Dido, entre outros
A ponderar:
* Darren Emerson no Pátio Lounge é uma incógnita em função da freqüência safra 86 pra cima que criou a mencionada controvertida reputação do estabelecimento. É boate pra micareteiros, teens falsificadores de Identidade e demais energúmenos. Às vezes, um segurança da casa perde a cabeça e acaba cometendo excessos por lá. Papo de suspeita de homicídio. Mas pode ser que o DJ cultuado por conaisseurs da Eletonika atraia espécimes mais evoluídos.
* Segundo meu bagre Denis, a melhor opção do cardápio para esta quarta está na Casa da Matriz. Transcrevo suas razões: “O som em cima é um breakbeat neurótico, bom, porém, às vezes, cansativo sem a consumação de psicotrópicos como ecstasy. Embaixo, o som é uma batida tosca com um cara ao fundo gritando no banheiro. Mas as mulheres perdem a calcinha dançando. Muitos sujinhos freqüentam o local. A quantidade de homens é muito maior, mas sempre rolam umas pepitas.”
Da minha assimilação sem sensimillia (que?), entendo que o conceito por trás do Digital Dubs é o de recriar para a audiência Zona Sul, ou seja, de forma estilizada, a atmosfera tosco-roots dos Sound Systems jamaicanos, daí a graça rústica da fórmula loops poluídos e minimalistas encontram cordas vocais imersas em vasos sanitários, produzindo um efeito ininteligível Trenchtown style, pra juventude dourada com a cabeça feita de green. Mas breakbets caribenhos sob a influência psicotropical (conexão Jahmaica, Medelin & Rio) redefinem o significado do vocábulo Diversão.
* Fosfochiq dispensa um exame mais minucioso. É na Fosfobox, pico já GLS em dias normais. Numa noite de confraternização glam addict, festa sodomita por excelência, a boite provavelmente se transforma em filial da Le Boy. Para maiores esclarecimentos, leia o blog passivo ortodoxo do Ronald Villardo, do Globo.
* Catra, Quebra Barraco e Dido no Circo Voador?? Tô farto da overdose de neo pornô funk carioca. Sou mais o death/trash metal do Slayer na Fundição Progresso, que ocorrerá na mesma data; o que aliás me faz lembrar um episódio deveras cômico acerca do entrecruzamento das tribos urbanas cariocas na contemporaneidade. Corriam os últimos anos da década de 80, ou o início dos 90 e a banda de Speed Metal germânica Kreator vinha ao Rio saciar o fanatismo de meia dúzia de adolescentes losers metaleiros. Em função da escassez de espaço para expoentes do Speed Metal na província da Guanabara, os deuses do metal encontraram abrigo somente na quadra da comunidade do Complexo do Alemão (divina ironia, não?). Ocorre que a negociação envolvendo o local do show foi bastante confusa, feita de forma amadora, com divulgação escassa. Chegada a data do evento eis que a patética meia dúzia de headbeangers vê-se acuada frente a insana horda de funkeiros irados pela não realização do baile naquele dia. Será que o épico duelo terá revanche nesta quarta na Lapa??
