Monday, June 19, 2006

 



O dia seguinte às partidas do Brasil é de descanso. Se a Seleção obtém folga pós-jogo com o futebol mediando que tem apresentado, quem passa o dia anterior enchendo a cara na expectativa de showtime, beautiful game, futebol bailarino e acaba assistindo a trapalhada de Dida ao sair do gol, a lambança quase letal de Zé Roberto ao errar passe como último homem e a perebada de Ronaldo ao furar um chute numa bola limpa, tem na segunda-feira um dia morto. Ainda mais porque os jogos que restam hoje para fechar a segunda rodada da Copa são, aparentemente, um lixo.
Tenho visto os jogos do Brasil totalmente alcoolizado, no coração de Copacabana, no apartamento de um amigo. Na esquina, há um imundinho carinhosamente apelidado de “Bar dos Bandidos”, onde são instalados dois alto falantes que entoam os mais vulgares neo-pagodes, axés e demais ritmos populares selecionados na medida para empolgar a fauna copacabanense composta por paraibas, putas e, consequentemente, gringos sujos. Tudo orquestrado com a antecedência de pelo menos duas horas em relação ao inicio da partida.
Na primeira das três únicas vezes que Ronaldo tocou para Adriano, isto é, quando foi dado o pontapé inicial de Brasil x Austrália, já encontrava-me ébrio o suficiente para concentrar-me apenas em bolar piadinhas impertinentes ao longo de todo o jogo, com mais dois ou três amiguinhos, em similar nível etílico. De Copa em Copa eu passo em Copa, neste esqueminha maravilhoso.
Assim, o que de mais interessante ocorreu na tarde de ontem não estava na tela da televisão, mas na extensão da Rua Domingos Ferreira, onde, após a sofrida vitória brasileira, foi possível comprar não só aquela clássica buzininha a gás, mas também, após um sucinto desenrole com dois ambulantes made in Ladeira dos Tabajaras, uma quantidade de fogos de artifício que poderia, tranquilamente, ser levada por arsenal antiaéreo desviado do exército.
Contudo, faltou-nos local adequado e, sobretudo, colhões para brincar com fogo e soltar o foguetório, tarefa a ser concluída, quem sabe, na próxima vitória canarinho.

Comments:
Quem seriam esses amiguinhos? Aliás, eu passei o jogo de ontem exalando o gás dessa buzina. Dá onda. Mas é bem mais fraco q loló.
 
Peidou pro foguetório, nigga???
 
Na verdade, tentamos implodir uma pedreira com o artefato junino, na ladeira do Lustosa. Mas, infelizmente, no instante do acende, um vizinho surgiu da sacada de sua casa, aos berros, alertando-nos, digamos, de forma efusiva, sobre a temeridade de bêbados acabarem explodindo seu carro.
 
Boto fé. Dois delinquentes. Só faltou o lil'russo pra acender a pedra dele no foguetório. É nóis na fidalguia.
 
Post a Comment



<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?